(BR) 07/27/2022

O teste de licença sênior falhou seis vezes e decidiu licenciar-se a si mesmo.

Em 15 de maio, um carro de passageiros estava passando por Higashimurayama, Tóquio, quando de repente foi atingido por trás por uma motocicleta Harley Davidson de três rodas. Entretanto, ao invés de seguir o procedimento adequado e notificar a polícia sobre a colisão, o triciclo motorizado acelerou.

(c) harley davidson unsplash

Por sorte, ninguém se feriu no acidente, mas deixou uma mossa no carro que custou 400.000 ienes (US$ 2.900) para consertar. Assim, os proprietários do automóvel o reportaram à Polícia Metropolitana de Tóquio que lançou uma investigação sobre o atropelamento e fuga e usou a came do painel do carro para identificar o veículo.

Só dois meses depois é que a mesma moto prateada foi descoberta por um carro patrulha em Kiyose, Tóquio. O policial disse ao suspeito para encostar, mas ele acelerou por um caminho estreito no qual o carro não podia entrar. Um dos oficiais saltou do carro e seguiu a pé, eventualmente alcançando a motocicleta em um beco sem saída.

Quando a polícia pediu para ver a licença do motociclista, ele lhe disse que a deixou em casa. Entretanto, ao interrogar o ciclista, Tatsuo Matsumoto, de 69 anos, finalmente quebrou e admitiu que nunca teve uma, e foi preso por dirigir sem carteira de habilitação.

Mais investigações revelaram que Matsumoto operava motocicletas sem carteira de motorista há mais de 50 anos. Ele explicou que havia tentado obter uma carteira de motorista seis vezes, mas não conseguiu passar no teste escrito emitido pela polícia, então desistiu perto do final do período Showa, que é por volta do final dos anos 80.

Apesar disso, ele já andava de motocicleta desde os 17 anos de idade e foi ensinado por um colega de classe sênior quando entrou no ensino médio. Ele havia sido pego e multado uma vez por dirigir sem carteira por volta daquela época, e mais uma vez quando estava na casa dos 50 anos.

A Harley de três rodas foi comprada há quatro anos de um revendedor na prefeitura de Saitama e tinha cerca de 30.000 quilômetros (18.000 milhas) nela. Ele disse à polícia que andava nela todos os dias, exceto durante o mau tempo, e que deu ao revendedor a mesma frase sobre “esquecer” sua licença quando ele comprou a bicicleta por cerca de seis milhões de ienes (44.000 dólares).

No Japão, uma motocicleta de três rodas pode ser conduzida com uma carteira de motorista da classe de carro normal em vez de uma carteira de motocicleta, mas Matsumoto não tinha nenhuma carteira de motorista para falar, portanto, é um ponto discutível em seu caso. Embora as ações do motociclista tenham sido impetuosas e imprudentes, muitos leitores das notícias ficaram mais surpresos que ele tenha conseguido passar por tantos buracos no sistema para chegar tão longe quanto ele.

Fonte: Soranews24